noticias científicas

Covid-19: Recomendação para Gestantes e Puérperas

por Jornalismo SBEM em 29 de julho de 2021


A retomada da vacinação em gestantes sem fatores de risco adicionais foi recomendada, recentemente, pelo Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19, da Associação Médica Brasileira (CEM COVID_AMB), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Frebasgo).

A medida ocorreu após reunião onde foram apresentados os dados epidemiológicos da Covid-19 em gestantes e de segurança, relacionados à administração de vacinas neste público no Brasil.

Segundo dados da SIVEP-Gripe, entre 19 de abril e 7 junho de 2021, houve um aumento de 77% nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em gestantes e puérperas no Brasil, sendo que 60,1% dos casos por Covid-19. Em média, desde o início da pandemia, a cada 100 casos de Síndrome, 0,97 ocorreram em mulheres gestantes e/ou puérperas.

No documento divulgado pelas entidades médicas, elas reforçam que a Covid-19 em gestantes e puérperas está associada a risco elevado de morbidade e mortalidade materna, além do maior risco de prematuridade e óbito fetal, recomendando a retomada da vacinação com imunizantes sem o fator viral, ou seja, Coronavac ou Pfizer.

O grupo entende, ainda, que a vacinação deve ocorrer sem necessidade de indicação médica, sendo apenas necessária a apresentação do cartão de pré-natal ou registro de nascimento.

Grupo Reincluído no PNI

Em paralelo às recomendações das entidades médicas, o Ministério da Saúde divulgou as novas orientações para a vacinação de gestantes e puérperas, com a reinclusão do grupo na lista de prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.

Segundo determinou a pasta federal, as vacinas aplicadas neste grupo devem ser da Pfizer ou da Coronavac, que não possuem vetor viral. Já as da AstraZeneca e Janssem foram excluídas da vacinação de gestantes e puérperas. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, não devem ser combinadas doses de diferentes vacinas na imunização. A expectativa é atender mais de 2,5 milhões de mulheres nessa etapa da imunização.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, as grávidas que foram vacinadas com a primeira dose da AstraZeneca devem tomar a segunda dose da mesma vacina após o puerpério, que é o período de até 45 dias após parto.

Vejam outras diretrizes da AMB neste link