10 Coisas que você Precisa Saber sobre Adrenal

por Jornalismo SBEM em 15 de junho de 2021


Enquete realizada no site da SBEM mostrou o que o público tem de conhecimento sobre Adrenal. De acordo com os dados, apenas 16,6% das pessoas nunca ouviram falar em Adrenal; 7,8% acreditam que se trata de um hormônio; 4,1% um medicamento; apenas 0,5% uma doença e 71%, uma glândula.

 

É um ponto positivo saber que a maioria dos leitores tenha acertado a enquete e para melhorar o conhecimento, o site da SBEM publica agora as “10 coisas que você precisa saber sobre Adrenal”.

1 – As glândulas suprarrenais ou adrenal, como também são chamadas, são glândulas pequenas, componentes do sistema endócrino. Elas estão localizadas acima de cada rim.

2 – Cada uma delas possui cerca de 5cm de diâmetro, sendo dividida em duas partes principais: uma camada externa, conhecida como córtex, e uma parte central, chamada de medula.

3 – O córtex da suprarrenal é responsável por sintetizar hormônios importantes no processo metabólico, como a aldosterona e o cortisol, além de alguns hormônios sexuais como a androstenediona, que pode ser convertido em testosterona no testículo ou ovário. A medula da suprarrenal produz noradrenalina e adrenalina, denominadas catecolaminas.

4 – A adrenalina e a noradrenalina são hormônios importantes na ativação dos mecanismos de defesa do organismo, diante de condições de estresse, tais como emoções fortes, infecções, doenças graves, entre outros. Eles preparam o organismo para a fuga ou luta. A adrenalina aumenta o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea, em resposta ao estresse ou ansiedade. O fluxo sanguíneo para os músculos aumenta, a pele empalidece, as pupilas dos olhos dilatam e o fígado libera glicose no sangue. Estas alterações preparam o corpo para ação imediata.

5 – A adrenalina e/ou noradrenalina ainda podem ser utilizadas como medicamento no tratamento do estado de choque ou hipotensão. A adrenalina também é utilizada para diminuir a absorção dos anestésicos locais, aumentando, assim, seu efeito e reduzindo o sangramento em pequenas cirurgias de pele ou odontológicas.

6 – A aldosterona produzida pelo córtex controla a retenção de sódio e excreção de potássio. Enquanto o cortisol, outro hormônio produzido pelo córtex, atua principalmente no metabolismo dos açúcares e lipídios, além de ativar o sistema imunológico e participar na resposta do organismo ao estresse.

7 – Entre as doenças associadas a distúrbios na produção de hormônios na glândula suprarenal estão a Doença de Addison, a Síndrome de Cushing e o Feocromocitoma. Os tumores benignos, que se originam do córtex da glândula suprarrenal, são frequentes, mas o carcinoma que se origina do córtex da suprarrenal é bastante raro. Os tumores que se originam da medula, parte mais interna da suprarrenal, são denominados feocromocitomas e produzem catecolaminas.

8 – A Doença de Addison, também conhecida como insuficiência suprarrenal crônica ou hipocortisolismo, é uma rara doença endocrinológica. Ela progride lentamente e os sintomas podem ser discretos ou ausentes até que ocorra uma situação de estresse. Os sintomas mais comuns são: fadiga crônica, com piora progressiva; fraqueza muscular; perda de apetite; perda de peso; náusea e vômitos; diarréia; hipotensão, que piora ao se levantar; áreas de hiperpigmentação (pele escurecida); irritabilidade; depressão; vontade de ingerir sal e alimentos salgados; e hipoglicemia (esse sintoma mais frequente em crianças).

9 – A Síndrome de Cushing é uma doença endócrina, causada por níveis elevados de cortisol no sangue. Os principais sintomas são o aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco e no pescoço. Ocorre, também, afilamento dos braços e das pernas com diminuição da musculatura e, consequentemente, fraqueza muscular, que se manifesta principalmente quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e frágil, fazendo com que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o local. Sintomas gerais como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade emocional também podem ocorrer.

10 – Feocromocitomas e paragangliomas são tumores secretores de catecolaminas e associados a um elevado risco cardiovascular. Costumam se originar da medula adrenal (os feocromocitomas) ou dos gânglios ao lado da coluna vertebral (paragangliomas). O quadro clínico mais típico é crise adrenérgica: episódios de palpitação (aceleração do coração), elevações de pressão arterial, dor de cabeça e sudorese.

* Consultoria Dr. Leonardo Vieira Neto, presidente do Departamento de Adrenal da SBEM, gestão 2021/2022.

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