Esperança, reconhecimento, valor e oportunidade. Palavras que podem exemplificar o sentimento de quatro endocrinologistas da SBEM que se destacaram com prêmios e indicações importantes na área, neste início de ano. A Dra. Janete Cerutti, Dra. Ana Luiza Maia, Dra. Laura Ward e Dra. Valéria Guimarães recebem a homenagem da SBEM Nacional pelo Dia Internacional da Mulher.
As doutoras Ana Luiza e Valéria foram contempladas com os Prêmios SBEM, que serão entregues em setembro. Dra. Ana recebeu o Prêmio José Dantas de Souza Leite, que é um reconhecimento pelo trabalho de desenvolvimento da Endocrinologia e Metabologia ou áreas afins através de pesquisa básica e/ou clínica. Já a Dra. Valéria recebeu o Prêmio Antônio Barros de Ulhôa Cintra, um agradecimento à contribuição e colaboração para o desenvolvimento da SBEM.
A Dra. Janete e a Dra. Laura ficaram entre as cientistas brasileiras mais influentes na área da saúde com pesquisas sobre tireoide, segundo a Plataforma Open Box da Ciência, criada pela organização de mídia Gênero e Número.
As especialistas falaram sobre a felicidade pelo reconhecimento profissional, a contribuição das pesquisadoras para o desenvolvimento da Ciência e da Endocrinologia e Metabologia e dos desafios em conciliar a vida familiar e profissional.
- A carreira acadêmica não é exatamente fácil, particularmente para as mulheres. A contribuição feminina para a Ciência começa muito antes de existir o dia da mulher e dos movimentos de revolução feminista. Uma rápida pesquisa vai lembrar grandes nomes como Marie Curie (1867 – 1934), Florence Sabin (1871-1953) ou Nise da Silveira (1905- 1999). No entanto, é importante aproveitar a oportunidade da data para divulgar o papel de destaque das mulheres na Ciência no nosso país, e talvez inspirar nossas meninas e jovens a persistirem no sonho de serem cientistas.
A desigualdade ainda existente não deve ser motivo de desânimo, mas sim de motivação para as mudanças necessárias. Ao longo da caminhada vamos comemorando as pequenas e grandes conquistas.
Me sinto privilegiada por ter tido a oportunidade de seguir a paixão pela Endocrinologia, com foco nas doenças da tireoide, ensinar e aprender com meus alunos e pesquisar para contribuir no avanço do conhecimento. Nesse momento, em especial, me sinto honrada e imensamente feliz pelo reconhecimento dos colegas da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia simbolizado nesse prêmio.
- Este olhar especial para as mulheres no ambiente acadêmico ratificou diferenças que ainda devemos combater, mas também trouxe visibilidade sobre a produtividade feminina nas diferentes áreas na ciência. Mostrou que as trajetórias destas protagonistas são muito diversas, mas existe uma unanimidade quanto à dificuldade de conciliar todas as identidades femininas como as de filha, mãe, esposa, amiga e cientista, tornando a trajetória muito difícil.
Dentro da endocrinologia, particularmente na área de câncer de tireoide, que é minha área de atuação, muitas mulheres têm contribuído imensamente para o crescimento da ciência no país. Elas têm tido reconhecimentos e ocupam cargos de liderança importantes. Foi nesta área que encontrei a realização profissional e espero poder continuar contribuindo para a compreensão do processo de carcinogênese da tireoide nos adultos e crianças e, desta forma, no futuro, auxiliar os endocrinologistas na sua conduta e, consequentemente, os pacientes.
- A endocrinologia sempre foi para mim uma paixão. A especialidade envolve conhecimento profundo de clínica, além de uma dose extra de humanidade e de compaixão para com condições, em grande parte, crônicas e debilitantes, de grande prevalência.
As mulheres que se dedicam à pesquisa ainda são heroínas em nosso país. Lutamos contra as dificuldades econômicas e sociais do Brasil, contra a pouca valorização desta atividade e contra a exaustão provocada pelo excesso de trabalho imposto pela profissão e pela vida familiar. Por mais que tenhamos evoluído nas últimas décadas, ainda enfrentamos as imposições da maternidade que recaem muito mais sobre o sexo feminino.
Ser indicada como uma das mais influentes cientistas Brasileiras na área da Saúde é, sem dúvida, uma grande honra para mim como endocrinologista, cientista e, claro, mulher.
- Carregar um prêmio com o nome do Professor Antônio Barros de Ulhoa Cintra, pioneiro da Endocrinologia do HC, reitor da USP e Secretário de Educação de São Paulo, é de uma enorme distinção. Ler a carta que acompanhava e justificava o prêmio, foi um sentimento indescritível.
Gratidão, alegria, sentimento de dever cumprido, de reconhecimento por seus pares, podem ser resumidos em uma palavrinha - "Priceless". Agradeço muito à SBEM, através de sua diretoria, pela generosidade nas palavras e pelo prestígio da concessão deste prêmio.
Neste dia, também não posso me esquecer de todas as mulheres-plural que encontrei ao longo de minha vida e que sempre deixaram os seus para pensar em todos. Vocês me inspiram.
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