Prêmios SBEM

Eventos Médicos

Prêmios SBEM

por site em 5 de outubro de 2016


Em reconhecimento ao trabalho de diversos endocrinologistas, a SBEM vem premiando especialistas em quatro categorias. Os prêmios são entregues por ocasião do Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia. 

Premiações

Prêmio Luiz César Póvoa: Outorgado a endocrinologista brasileiro, titulado pela SBEM, ou a pesquisador brasileiro ou não brasileiro, em reconhecimento pela contribuição em um amplo espectro de atividades, incluindo prática clínica, pesquisa, ensino, publicação científica, formação profissional e liderança em Endocrinologia e Metabologia.

Prêmio José Dantas de Souza Leite: Outorgado a pesquisador brasileiro, trabalhando no país ou não, reconhecido por sua contribuição ao desenvolvimento da Endocrinologia, através de pesquisa básica e/ou clínica.

Prêmio Antonio Barros de Ulhôa Cintra: Outorgado a endocrinologista, pesquisador brasileiro ou colaborador nacional e internacional, em reconhecimento a contribuição para o desenvolvimento da SBEM.

Prêmio José Schermann: Outorgado a endocrinologista brasileiro, residente no Brasil, sócio titulado da SBEM, em reconhecimento pela excelência no ensino e na prática clínica de Endocrinologia e Metabologia. 

Histórico 

Dr. Luiz Cesar Póvoa

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1960, e com especialização em Endocrinologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), em 1962. Terminou seu Doutorado em Endocrinologia na UFRJ em 1972, onde ingressou no mesmo ano como Livre-docente.

Foi Professor Titular da UFRJ e Professor Emérito da PUC-RJ, onde assumiu o Curso de Pós-Graduação em Endocrinologia em 1975. Atuou como médico do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione do Rio de Janeiro (IEDE), sendo seu Diretor por 15 anos. Também trabalhou como consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e foi presidente da Fundação Francisco Arduíno. Membro de inúmeras sociedades médicas nacionais e internacionais, foi também membro titular da Academia Nacional de Medicina.

Foi um dos grandes especialistas na área de Endocrinologia e Metabologia, formador de mais de 500 novos especialistas. Participou ativamente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, tendo sido presidente da Comissão de História.

Utilizou sua prodigiosa memória para escrever vários livros, entre os quais se destaca “História da Endocrinologia no Brasil”, importante obra de consulta para conhecer melhor como se desenvolveu a especialidade nos diversos estados brasileiros e um legado para gerações futuras.

Professor José Dantas de Souza Leite (10/05/1859 – 1/06/1925)

Natural de Sergipe, doutorou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1880. Dez anos depois de sua graduação, em 1890, diplomou-se mais uma vez em Medicina, na Faculté de Medicine de Paris.

No século 19, o Hospital Salpêtrière em Paris se tornou um reconhecido centro de excelência em neurologia, sob a liderança do Prof Jean-Martin Charcot, considerado o pai da neurologia moderna. Neste hospital Souza Leite defendeu a tese de doutorado, intitulada “De l’acromégalie: Maladie de Pierre Marie”, baseado em uma casuística de 38 pacientes.  Um ano depois, publicou o livro “Essays on Acromegaly” em coautoria com Pierre Marie. Este trabalho excepcional o consagrou como grande pesquisador no cenário internacional, sendo um dos primeiros médicos a reconhecer a acromegalia como uma nova condição clínica.

Souza Leite trabalhou também no “Bicêtre Hospital” em Paris e foi membro de várias sociedades científicas, incluindo a  Anthropological Society of London e a  Medico-Psychological Association. Retornando ao Brasil, se fixou inicialmente em Salvador e depois no Rio de Janeiro, onde publicou vários estudos sobre a neurologia. Em 1901 foi eleito membro titular da Academia Nacional de Medicina. 

Professor José Schermann (09/07/1913 – 06/03/1979)

Natural da cidade do Rio de Janeiro, onde se graduou em medicina em 1935.  Foi um dos pioneiros da endocrinologia Brasileira e, juntamente com Clementino Fraga Filho, Francisco Arduíno, Raul Faria Junior, Heitor Felix e Nelson Nogueira, fundou a Sociedade de Endocrinologia e Metabologia do Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1950. Em reunião ocorrida na Santa Casa de São Paulo, no dia 30 de agosto de 1954, com a presença de endocrinologistas Cariocas e Paulistas, foi adotada definitivamente a modificação do nome para Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

José Schermann foi chefe do Serviço de endocrinologia na Cadeira de Luiz Capriglione, no Hospital Moncorvo Filho. Em 1967, o Centro de Diabetes, criado por Francisco Arduíno, se transforma no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), que se tornou um importante centro de difusão da especialidade. O Professor Schermann trabalhou no IEDE desde a sua criação e tinha um enorme compromisso com a Instituição e com o seu trabalho. Dotado de grande cultura, discreto, disciplinado e disciplinador, tinha uma visão austera e ética da prática médica, a qual foi transmitida aos seus inúmeros alunos. 

Professor Antonio Barros Ulhôa Cintra – (13/09/1907 – /2312/1998)

Paulistano, diplomou-se na Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo em 1930 e logo depois começou a trabalhar no Instituto de Higiene da Faculdade de Medicina e na Santa Casa de misericórdia. Em 1933, assumiu a disciplina de pediatria da Faculdade de Medicina e três anos depois, a de clínica médica.

Em 1941, com bolsa da Fundação Rockefeller, foi para os Estados Unidos e trabalhou no Massachusetts General Hospital, da Universidade de Harvard e no Pratt Diagnostic Hospital, em Boston. De volta ao Brasil, montou no Hospital de Clínicas da USP o serviço de Moléstias da Nutrição e o Laboratório de doenças Metabólicas.  Assumiu a cátedra na FMUSP após concurso público e, de 1960 a 1963, foi Reitor da Universidade de São Paulo. Teve participação decisiva na implantação do campus da USP, e na criação da Universidade Estadual de Campinas e na Faculdade de Ciências Médicas de Botucatu.

Participou da criação da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em 1960 e foi presidente do seu Conselho Superior até 1973. Na década de 1960, após deixar a reitoria da USP, foi secretário de Educação e Cultura do Governo Estadual, priorizando a expansão do então chamado ensino ginasial. Foi, sem dúvida, um paradigma de educador, médico, professor universitário e cientista.

Prêmios CBEM 2018 

 Prêmio Dr. Luiz Cesar Póvoa

Dr. Ayrton Custódio 

 

Prêmio José Schermann 

Dr. Ricardo Meirelles 

 

– Prêmio Dr. Antonio Barros de Uchôa Cintra 

Dra. Nina Rosa de Castro Musolino 

 

– Prêmio Dr. José Dantas de Souza Leite

Dra. Poli Mara Spritzer 

Prêmios CBEM 2016

1. Prêmio Luiz Cesar Póvoa 
Dr. Bernardo Leo Wajchenberg

bernardo leo

– Prêmio José Schermann
Dr. Hans Graf

 

– Prêmio Antônio Barros de Ulhôa Cintra
Dr. Thomaz Rodrigues Porto da Cruz 

Thomaz Cruz e Fabio Trujilho

4. Prêmio José Dantas de Souza Leite 
Dra. Berenice Bilharinho de Mendonça

Berenice

Prêmios CBEM 2014

– Prêmio Antônio Barrosde Ulhôa Cintra
Dr. Cláudio Elias Kater

kater

– Prêmio José Dantas de Souza Leite
Dr. Licio Augusto Velloso

– Prêmio José Schermann
Dr. Mauro Antônio Czepielewski

Mauro

– Prêmio Luiz Cesar Póvoa
Dr. Leonard Wartofsky

Leonardo

 

Paulistano, diplomou-se na Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo em 1930 e logo depois começou a trabalhar no Instituto de Higiene da Faculdade de Medicina e na Santa Casa de misericórdia. Em 1933, assumiu a disciplina de pediatria da Faculdade de Medicina e três anos depois, a de clínica médica. Em 1941, com bolsa da Fundação Rockefeller, foi para os Estados Unidos e trabalhou no Massachusetts General Hospital, da Universidade de Harvard e no Pratt Diagnostic Hospital, em Boston. De volta ao Brasil, montou no Hospital de Clínicas da USP o serviço de Moléstias da Nutrição e o Laboratório de doenças Metabólicas.  Assumiu a cátedra na FMUSP após concurso público e, de 1960 a 1963, foi Reitor da Universidade de São Paulo. Teve participação decisiva na implantação do campus da USP, e na criação da Universidade Estadual de Campinas e na Faculdade de Ciências Médicas de Botucatu.

Participou da criação da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em 1960 e foi presidente do seu Conselho Superior até 1973. Na década de 1960, após deixar a reitoria da USP, foi secretário de Educação e Cultura do Governo Estadual, priorizando a expansão do então chamado ensino ginasial. Foi, sem dúvida, um paradigma de educador, médico, professor universitário e cientista.