Preocupada com possível desabastecimento de insulina de ação rápida no Sistema Único de Saúde, a SBEM vem a público esclarecer pontos importantes à população.

Na nota de esclarecimento, a SBEM detalha sobre a ação das insulinas, reforçando que é uma medicação usada no dia a dia de quem tem diabetes, de três a quatro vezes por dia, especialmente em pacientes jovens, adolescentes ou pessoas com diabetes do tipo 1.

A falta da insulina de ação rápida pode agravar o quadro da pessoa com diabetes e gerar diversas complicações. A SBEM ressalta que a falta do medicamento pode acarretar grandes prejuízos à saúde desta população. No documento, a Sociedade destaca a importância de ações urgentes para evitar o desabastecimento.

A seguir a íntegra da nota assim como o arquivo em PDF para download neste link.

Nota de Esclarecimento – Desabastecimento de insulina de ação rápida

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia manifesta sua preocupação diante do alerta do Tribunal de Contas da União para o alto risco de desabastecimento de insulina de ação rápida, a partir de maio, no Sistema Único de Saúde.

Existem dois tipos de insulina, a lenta, que possui maior tempo de ação no organismo do paciente, e a insulina de ação rápida, que é utilizada para controlar os níveis de glicemia no período prandial, usada antes das refeições, sendo fundamental na vida da pessoa com diabetes do tipo 1 e nas pessoas com diabetes do tipo 2 em tratamento com insulinas.

A insulina de ação rápida é utilizada para manter o controle da glicemia toda vez que a pessoa faz alguma refeição ou quando a glicemia sobe acima do valor ideal, fazendo com que volte aos níveis adequados para o organismo.

Por ter uma ação rápida, como o próprio nome diz, é fundamental para o controle do diabetes. A terapia utilizando a insulina de longa ação e a de ação rápida é indicada para a maioria das pessoas com diabetes do tipo 1 e é fundamental para a manutenção da vida delas.

Se trata de uma medicação utilizada no cotidiano do paciente, de três a quatro vezes por dia, especialmente em pacientes jovens, adolescentes ou pessoas com diabetes do tipo 1.

A falta da insulina de ação rápida pode agravar o quadro da pessoa com diabetes e gerar complicações como, por exemplo, desencadear o aumento da glicemia, podendo ocasionar no paciente um quadro de cetoacidose, que é quando a descompensação da glicemia leva à desidratação e pode culminar em perda da consciência e, em casos mais graves, no coma de cetoacidose.

A SBEM ressalta que a insulina de ação rápida é essencial para o paciente com diabetes e sua falta pode acarretar grandes prejuízos à saúde desta população, por isso, destaca a importância de iniciativas de urgência para evitar o desabastecimento.

Rio de Janeiro, 05 de abril de 2023.

Dr. Paulo Augusto Carvalho Miranda
Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Dr. Levimar Rocha Araújo
Presidente do Departamento de Diabetes Mellitus da SBEM