Nesta quarta-feira, 15 de março, foi realizada a 116ª Reunião Ordinária da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) onde um dos temas foi a aprovação da ampliação da Dapagliflozina para pacientes com diabetes acima de 40 anos, com recomendações específicas.

O Dr. Rodrigo Moreira, membro do Departamento de Diabetes da SBEM Nacional, foi o endocrinologista que participou desde o início dos debates.  Na avaliação dos endocrinologistas é uma notícia muito importante para a população porque trará grande benefício para o tratamento.

Tratamento do Diabetes

A Dapagliflozina é um medicamento para o tratamento do diabetes que  há quatros anos foi incorporada no Sistema Único de Saúde, entretanto somente para uma parcela muito específica de pacientes com diabetes tipo 2. “Os pacientes tinham que ter mais de 65 anos e doença cardiovascular estabelecida. A nova decisão, definida após a reunião, foi a de ampliar a indicação e reduzir a idade. Agora o medicamento está disponível para pacientes com mais de 40 anos com doença cardiovascular ou múltiplos fatores de risco”, explicou o Dr. Rodrigo.

A decisão está sendo considerada uma ampliação extremamente significativa quanto ao uso do medicamento, que promove redução e controle da glicose.

O Dr. Rodrigo comenta que um dos pontos importantes é a proteção renal e do coração de quem tem diabetes tipo 2. “Isso diminui o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca e morte cardiovascular. A inclusão desse medicamento vai permitir um melhor controle do diabetes e da glicose, com benefícios para uma parcela maior da população com diabetes tipo 2.

Reunião Conitec

A abertura da reunião da Conitec, que definiu esta e outras decisões em várias áreas da saúde, foi feita pelo Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Augusto Grabois Gadelha.

Entre os itens da pauta foi feita a apresentação das contribuições de consulta pública da dapagliflozina para pacientes com diabetes mellitus tipo 2, com alto risco de desenvolver doença cardiovascular ou com doença cardiovascular estabelecida e idade entre 40 e 64 anos. Na ata, a recomendação final de incorporação.