Por Dra. Amanda Athayde
Introdução
Ao nascerem, as mulheres já apresentam em seus ovários os "folículos", estruturas parecidas com "bolinhas" que, no decorrer da vida, vão diminuindo em quantidade e qualidade até acabarem. Estes folículos são responsáveis pela secreção dos principais hormônios ovarianos (estrogênio e progesterona), que preparam o útero para a gestação, e pela produção de óvulos que, quando fecundados, se alojam no útero para formas o embrião... o feto... a criança. Quando não ocorre fecundação, a camada de células previamente preparada no interior do útero para receber o bebê descama e sangra, acontecendo o que chamamos de menstruação.
Quando os folículos acabam, não há mais produção hormonal e ovulação e, conseqüentemente, menstruação. Logo após esta última menstruação, chamada Menopausa, inicia-se um período chamado de Climatério, que pode ser acompanhado de sintomas como: ondas de calor (fogachos), insônia, depressão, variação de humor, falta de memória, ressecamento vaginal, ganho de peso e diminuição da libido, entre outros. Com o tempo, também começam a perder, com maior rapidez, o cálcio dos ossos, além de se tornarem mais sujeitas a doenças do coração e doenças degenerativas do sistema nervoso, como o Mal de Alzheimer (um tipo de demência).
Antigamente, não havia grande preocupação com esta fase da vida da mulher, pois a maioria morria cedo. Hoje, com o aumento da longevidade, as mulheres podem viver muitos anos após a menopausa, que ocorre em torno dos 50 anos, tendo que se manterem ativas como mulher, profissionalmente, etc. O aumento de quantidade de anos vividos fica sem sentido se não se acompanha de aumento da qualidade de vida.
Para combater esta sintomatologia, a ciência começou a produzir substâncias que imitavam a ação dos hormônios que deixaram de existir e a administra-las nas mulheres após a menopausa.
Até há uns vinte anos atrás, estas substâncias eram parecidas com os hormônios ovarianos, mas não iguais. Hoje em dia, já existem, no mercado internacional e no brasileiro, estrogênios e progestágenos iguais aos naturais.
Histórico
Nos Estados Unidos, em 1942, iniciou-se o uso de hormônios animais que eram semelhantes aos hormônios femininos humanos para o tratamento dos "calores" da Menopausa. Na época, foi um grande sucesso!
A partir da década de 80, começaram a ser publicados alguns trabalhos científicos que relatavam aumento da incidência de câncer de mama naquelas usuárias, embora não houvesse risco significativamente comprovado do ponto de vista estatístico. Entretanto, estes mesmos trabalhos apontavam melhora na prevenção da osteoporose e redução do risco de doença cardiovascular devido à diminuição das gorduras sanguíneas, além de agir diretamente sobre os vasos, as plaquetas e a coagulação. Alguns estudos extensos foram realizados, mas, devido a falhas na metodologia empregada, as suas conclusões não puderam ser completamente aceitas.
Posicionamento
A fim de oferecer uma orientação à classe médica e à população, o Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia adota o seguinte posicionamento sobre a THM, após análise dos referidos estudos por um grupo de especialistas.
Indicações de THM:
Contra-indicações:
Precauções:
Individualização:
Quando priorizamos a individualização, os medicamentos que ontem estrogênio e progesterona (ou progestágenos) isoladamente são mais adequados ao ajuste pelo médico às necessidades de cada paciente.
Monitorização:
Conclusões:
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