Manual de Obesidade da ANS

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Manual de Obesidade da ANS

por site em 15 de dezembro de 2017


Nesta quinta-feira, 14 de dezembro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou, no Hotel Vila Galé, na Lapa/Rio de Janeiro, o Manual de Diretrizes para o Enfrentamento da Obesidade na Saúde Suplementar Brasileira. O material foi divulgado no Seminário de Enfrentamento do Excesso de Peso e da Obesidade na Saúde Suplementar, promovido pela ANS.

A Dra. Maria Edna de Melo, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), que responde pelo Departamento de Obesidade da SBEM, foi uma das palestrantes do Seminário.

A endocrinologista participou da mesa que destacou as propostas práticas de abordagem do excesso de peso na saúde suplementar. Durante a apresentação foram discutidas a regulação do balanço energético, a importância do diagnóstico nutricional e a abordagem do paciente com obesidade.

Dra. Maria Edna explicou que a obesidade é uma doença crônica, como diabetes e hipertensão, e não tem cura, nem mesmo com a cirurgia bariátrica. Por isso, a especialista enfatiza a importância do diagnóstico nutricional. “Esse diagnóstico do paciente é tão simples de ser feito. Basta a verificação do IMC. Uma das primeiras recomendações da OMS é a obrigatoriedade da verificação do estado nutricional da criança abaixo de cinco anos. Essa orientação deve ser estendida para todas as faixas etárias. Recomenda-se que o cálculo do IMC seja feito em todos os pacientes que procuram assistência médica.”

De acordo com o documento, a verificação do IMC do paciente é uma das ferramentas mais importantes na prevenção e tratamento precoce da obesidade. A partir dos dados do IMC é possível desenvolver estratégias para prevenir a doença. “A ideia é intervir precocemente no surgimento da doença, o que ajuda a reduzir a morbimortalidade, os custos e melhorar a qualidade de vida do paciente. Não é necessário deixar chegar ao IMC 40 para tentar a cirurgia. O paciente precisa ser monitorado desde jovem porque a tendência do IMC é subir até os 65 anos.”

Outro ponto em debate no Seminário foi a criação de Centros de Referências. Segundo a especialista, o Manual destaca a importância da formação destes locais para que o paciente possa receber uma abordagem especializada e dentro das recomendações científicas.

Acesse no link abaixo o manual completo: