Várias reportagens já circularam sobre a existência de um chip da beleza, mas será que essa terminologia está certa?
O Dr. Alexandre Hohl, membro da Comissão de Comunicação da SBEM e presidente do Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia – que acontece de 21 a 24 de agosto em Floripa -, explica a confusão dos termos usados.
“Na realidade, existe uma diferenciação entre chip e implante da beleza e está acontecendo uma sobreposição de duas informações: uma que é o implante e a outra que é o chip”, explica o endocrinologista.
Ele esclarece que o chip é implantado, através de uma tecnologia em desenvolvimento que, teoricamente, está disponível nos Estados Unidos. Trata-se, realmente, de um chip com toda a tecnologia que envolve algo no gênero.
“Quando se fala aqui no Brasil de chip da beleza, está se falando de implante de hormônio, com tubinhos de silicone. Existem algumas análises muito claras nas redes sociais, que deixam isso cristalino e ocorreu um equívoco de informações. É claro que quem usa os implantes gostou de ver a confusão de termos”. O endocrinologista explica que é importante ter muito cuidado no uso da palavra, e entender as diferenças.
O implante é um tubo de silicone e o chip é uma tecnologia americana, desenvolvida por uma ‘startup’, financiada pela família Bill Gates, com a expectativa de fazer uma anticoncepção para países pobres, porque a duração do chip pode ser de até 16 anos.
Ou seja, são coisas diferentes. “O chip da beleza é um implante subcutâneo, utilizado com hormônios para fins estéticos. Temos implantes subcutâneos para anticoncepção, prontos para comprar e outros que são manipulados, e aí está o grande desafio. Muitas substâncias, muitas vezes, não estão descritas e que podem ter efeito para doenças como endometriose e miomatose, mas sabemos que na prática o objetivo desejado é o estético”.
No caso da reposição hormonal na menopausa, diversos tratamentos podem ser adotados, como disse o Dr. Alexandre. Podem ser utilizados comprimidos, gel, adesivo ou implante. “Uma mulher que não menstrua mais pode ter a reposição do hormônio por meio de implante? Em tese, sim, mas não temos estes produtos comercializados no Brasil, exceto sobre forma de manipulação, e voltamos para o mesmo problema: o que é colocado dentro dos implantes? Isso é o grande desafio”.
O Dr. Alexandre afirma que é importante que fique claro sobre os riscos e não o fato de ser permitido ou não, se é ético ou não. “O que acontece é que a grande maioria dessas pessoas são ingênuas e se submetem a isso, mesmo sabendo de possíveis problemas, pois acreditam que o benefício é maior que o risco, o que não é verdade. É um risco à saúde”.
O papel de esclarecer à população vem sendo feito pela SBEM em diversas áreas ligadas aos hormônios e cada tratamento precisa ser individualizado.
“Cabe ao médico levar essa informação de uma maneira clara para o paciente. Sabemos dos direitos e decisões de cada um, mas o médico precisa esclarecer, dizendo o que é possível e o que é correto, para não expor a riscos desnecessários, inclusive, os riscos de vida”.
Quando se fala de hormônio é o endocrinologista o especialista com conhecimentos e estudo para essa abordagem. “A utilização de hormônios deve ser feita para pacientes que tem necessidade do uso, como por exemplo a menopausa; hipogonadismo masculino; déficit de hormônio tireoidiano; entre outros. O grande desafio que temos nesse momento é o combate a práticas que não existem como a modulação hormonal. É fundamental buscar os profissionais certos e éticos para fazer o tratamento de forma segura”.
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