Na última sexta-feira, foi ao ar o programa Globo Repórter, da TV Globo, que teve como tema central os hormônios. O presidente da SBEM Nacional, Dr. Alexandre Hohl, vem a público esclarecer questões em relação às informações veiculadas.
Várias informações foram importantes, pois trazem colocações relevantes sobre hormônios e doenças relacionadas a deficiências hormonais.
Três médicos que participaram do programa são endocrinologistas e sócios da SBEM e a opinião deles é respalda pela entidade. Dra. Flávia Conceição, do Rio de Janeiro, Dra. Margareth Bogusweski, do Paraná, e Dr. Jucimar Brasil, do Rio de Janeiro.
Os esclarecimentos podem ser conferidos a seguir:
Diagnóstico e Tratamento
Todo médico pode fazer diagnóstico e prescrição de medicamentos para qualquer doença. Entretanto das 53 especialidades médicas reconhecidas no Brasil pela Associação Médica Brasileira (AMB), a Endocrinologia e Metabologia é a que, sabidamente, diagnostica e trata as doenças hormonais. Desta forma, o endocrinologista é o médico com a melhor formação para o tratamento de doenças hormonais.
Doenças tireoidianas são comuns e têm diferentes causas. Recentemente a SBEM divulgou um posicionamento sobre as dosagens hormonais e é preciso esclarecer, novamente, que o hipotireoidismo é tratado com a levotiroxina.
A utilização de alimentos para melhorar a saúde dos pacientes é sempre bem vinda e o uso de alimentação saudável é muito importante para uma melhor qualidade de vida, contudo os Consensos e Guidelines das entidades mundiais na área recomendam que, na imensa maioria dos casos, o tratamento deve ser feito com a levotiroxina.
Hormônios Femininos e Masculinos
Com relação às informações veiculadas sobre os hormônios sexuais nas mulheres, eles diminuem durante o climatério e podem causar inúmeros sintomas, como calores, alteração de humor, sono e pele e parte dele pode ser revertida com a reposição hormonal, principalmente com o uso do estrogênio. A falta desse hormônio é o maior responsável pelo aparecimento da maioria destes sintomas.
Mulheres que têm útero precisam repor estrogênio e progesterona. O uso de testosterona, que é hormônio masculino, em mulheres na menopausa é restrito, visto que a utilização desse hormônio pode ser acompanhada de diversos efeitos adversos. O uso para questões estéticas não é recomendável pela SBEM e pode ser seguido por diversos efeitos adversos, como acne, alteração da mama e voz e risco de doenças mais graves no fígado e coração.
A SBEM já se posicionou frontalmente contra a chamada “Modulação Hormonal”
A SBEM há vários anos realiza campanha de esclarecimento sobre uso abuso de anabolizantes para fins estéticos. O programa Globo Repórter falou sobre esse problema e ressalta os riscos que podem ocorrer no mau uso.
Novamente, a SBEM reafirma que a testosterona e derivados não devem ser usados como aumento de massa muscular. Homens que usam dessa prática têm grandes chances de ter efeitos adversos como acne, elevação da pressão, risco de trombose e infertilidade, além de problemas cardíacos e hepático, como foi relatado durante a reportagem.
O envelhecimento masculino pode provocar uma diminuição maior do que a fisiológica na produção de testosterona. É esperada uma redução de 1.2% ao ano da testosterona no homem a partir dos 40 anos, mas a maioria não deve apresentar sintomas.
Entretanto, uma parcela pode ter sintomas de hipogonadismo masculino, caracterizado pela alteração da função sexual, que são a diminuição da libido, qualidade da ereção, perda de massa muscular, diminuição da força física, aumento da gordura abdominal, alteração do sono e humor.
O diagnóstico é feito com sinais e sintomas que sugerem o hipogonadismo, mas precisam ter alterações laboratoriais (testosterona diminuída no exame de sangue). Nestes casos, se não houver contra-indicação identificada pelo médico, estaria indicado o tratamento com reposição de testosterona em homens. Essa reposição precisa ser feita com acompanhamento médico especializado.
A SBEM soltou um posicionamento em 2015 sobre o uso da melatonina, esclarecendo diversas questões ao público. O Dr. José Cipola Neto é um reconhecido médico pesquisador desta área e a SBEM concorda com todas as informações apresentadas por ele no programa de televisão.
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