O Consumo de Refrigerantes nas Escolas

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O Consumo de Refrigerantes nas Escolas

por site em 6 de julho de 2016


Em comunicado oficial, emitido em junho, a Coca-Cola Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil informaram que crianças de até 12 anos não terão mais refrigerantes como opção nas escolas a partir do segundo semestre. As três fabricantes divulgaram que, para esta faixa etária, serão comercializados apenas água mineral, água de coco, sucos com 100% de fruto e bebidas lácteas.

O novo portifólio tem como base as diretrizes de associações internacionais de bebidas. Essa medida vale para as instituições que compram direto dos fabricantes e distribuidores. Para as que compram em outros pontos de venda, as empresas farão uma ação para os comerciantes se conscientizarem.

O presidente da SBEM, Dr. Alexandre Hohl, comenta que este comunicado é extremamente bem-vindo. “A SBEM organiza a campanha Escola Saudável há mais de 15 anos e o objetivo é que as crianças tenham uma alimentação saudável dentro das instituições e evitar o consumo de refrigerantes é uma excelente estratégia.”

Dr. Alexandre explica que é necessário que haja uma adesão dessa campanha, visto que as crianças poderão consumir refrigerantes em outros locais e fala, também, sobre as doenças que consumo dessas bebidas pode acarretar. “A escola é o local chave para a criança aprender a se alimentar de forma correta, assim como a casa onde ela mora. O consumo de refrigerantes seja normal, diet ou zero, estão associados com o surgimento da síndrome metabólica e obesidade”.

Leia abaixo o Comunicado divulgado pelas empresas:

“A obesidade é um problema complexo, causado por muitos fatores, e as empresas de bebidas reconhecem seu papel de ser parte da solução. A partir de agosto, a Coca-Cola Brasil, a Ambev e a PepsiCo Brasil vão ajustar o portfólio de bebidas vendidas diretamente às cantinas de escolas no país. A principal mudança é que as empresas venderão às escolas para crianças de até 12 anos (ou com maioria de crianças de até essa idade) apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos. O novo portfólio tem como referência diretrizes de associações internacionais de bebidas. Novos produtos lançados pelas empresas poderão ser incluídos, no futuro, seguindo essas referências.

No momento do recreio, os alunos têm acesso às cantinas escolares sem a orientação e a companhia de pais e responsáveis, e crianças abaixo de 12 anos ainda não têm maturidade suficiente para tomar decisões de consumo. Coca-Cola Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil entendem que devem auxiliar os pais ou responsáveis a moldar um ambiente em escolas que facilite escolhas mais adequadas para crianças em idade escolar, assim como estimular a hidratação e a nutrição, contribuindo para uma alimentação mais equilibrada.

A escolha do portfólio no Brasil também foi baseada em conversas com especialistas em saúde pública, alimentação e nutrição, além de profissionais e instituições ligadas aos direitos das crianças. A política valerá para as cantinas que compram diretamente das fabricantes e de seus distribuidores. Em relação às demais, aquelas que se abastecem em outros pontos de venda (supermercados, redes de atacados e adegas, por exemplo), haverá uma ação de sensibilização desses comerciantes por meio da qual todos serão convidados a se unir à iniciativa.