Vejam qual o papel do endocrinologista no acompanhando das pessoas trans. A Campanha da Visibilidade, realizada pela SBEM, através da Comissão de Diversidade, Equidade e Inclusão (CDEI), que tem como presidente o Dr. Bruno Ferraz, visa esclarecer diversos pontos sobre o tema.
Como deve ser a formação da equipe, que leis regem esse processo e como é a terapia hormonal são algumas das abordagens nas mensagens divulgadas nas redes sociais da SBEM Nacional.
Mensagens da Campanha 2021
A assistência ao paciente deve ser integral, com equipe multidisciplinar, e disponível em todo o território nacional, para que o acesso seja universal.
A terapia de afirmação de gênero está indicada conforme a Resolução CFM nº 2.265, de 20 setembro 2019.
Dentre as etapas da afirmação de gênero, a terapia hormonal cruzada permite que o corpo da pessoa trans se alinhe ao seu gênero de identificação. A endocrinologia é uma especialidade médica capacitada para conduzir este tratamento com segurança e eficácia. Através deste tipo de atendimento, estamos colaborando para que a pessoa trans passe a ter mais oportunidades e inclusão social.
Na mulher trans, a terapia hormonal é realizada com doses de estrógenos. O bloqueio da produção/ação de testosterona geralmente ocorre com o uso de doses adequadas de estrógenos. Em casos onde há dificuldade no bloqueio, podem ser utilizados medicamentos antiandrogênicos ou até orquiectomia.
Os estrógenos utilizados podem ser orais, transdérmicos ou injetáveis, já os antiandrogênicos podem ser orais ou injetáveis. As mudanças corporais iniciam-se por volta de 2-3 meses de tratamento, atingindo a transição esperada varialvemente por volta de 2 anos.
No homem trans, a terapia hormonal baseia-se no uso exclusivo de testosterona em doses fisiológicas, com metas e doses variáveis, muitas vezes semelhantes às utilizadas no hipogonadismo. As opções de testosterona utilizadas podem ser por via transdérmica ou intramuscular. As mudanças corporais iniciam-se em 3 a 6 meses, completando-se varialvemente entre 2 e 5 anos de terapia.
Todo este tratamento deve ter supervisão médica. É importante que os endocrinologistas estejam capacitados para esta atenção.
A terapia hormonal tanto para mulheres como para homens trans não é isenta de efeitos adversos, como para pessoas cisgênero, os quais devem ser esclarecidos aos indivíduos, prevenidos e rastreados durante todo o acompanhamento.
O tratamento justifica-se pelo grande impacto que promove na qualidade de vida, aceitação social, redução de riscos como o uso abusivo dos hormônios.
A Campanha da Visibilidade Trans - 29 de janeiro – conta com a participação dos seguintes especialistas: Dr. Bruno Ferraz de Souza (representando a CDEI), Dra. Karen de Marca (membro da CT-DEI que liderou este projeto), Dra. Amanda Athayde (RJ), Dra. Elaine Frade (SP), Dr. Emerson Cestari (PR), Dra. Flávia Cunha (PA), Dra. Luciana Oliveira (BA), Dr. Marcio Ditz (DF) e Dra. Poli Mara Spritzer (RS).
É um trabalho em conjunto com a Comissão de Campanhas (com a Dra. Carolina Ferraz) e a Comissão de Comunicação social (presidida pelo Dr. Ricardo Meirelles).
A Comissão de Diversidade, Equidade e Inclusão é formada pelos seguintes especialistas: residente: Dr. Bruno Ferraz de Souza – presidente (SP), Dra. Fernanda de Azevedo Corrêa (SP), Dra. Karen Faggioni de Marca Seidel (RJ), Dra. Ticiana da Costa Rodrigues (RS), Dr. Jorge Eduardo da Silva Soares Pinto (RJ) e Dra. Margaret de Castro (SP)
Referências
Guideline Endocrine Society 2017; WPATH Standards of Care; Posicionamento Conjunto Medicina Diagnóstica inclusiva: cuidando de pacientes transgênero - SBPCML, SBEM e CBR
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Dossiê dos assassinatos e da violência contra travestis e transexuais brasileiras em 2019 / Bruna G. Benevides, Sayonara Naider Bonfim Nogueira (Orgs). – São Paulo: Expressão Popular, ANTRA, IBTE, 2020
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