Por Pablo de Moraes
O hipotireoidismo foi o principal motivo dado pelo atacante Ronaldo para o encerramento de sua carreira de jogador de futebol. A coletiva de afastamento aconteceu no dia 14 de fevereiro e, nela, o esportista afirmou que estava acima do peso devido a disfunção na tireoide e que não tomava remédios para controla-la pelo fato do medicamento ser considerado dopping.
De acordo com a Dra. Laura S. Ward, vice-presidente do Departamento de Tireoide da SBEM, o jogador se equivocou ao dizer que está acima do peso por não tratar o hipotireoidismo. “Essa disfunção não engorda. O que engorda é comida. Por diminuir o metabolismo, ela pode ajudar a aumentar um pouco o peso porque o paciente gasta menos energia, mas se ele comer menos, não vai engordar. Pode acontecer, também, retenção de líquidos”, explica a especialista.
Em relação ao tratamento, a endocrinologista explica como ele deve ser feito. “Ele é realizado com a reposição do hormônio tireoidiano faltante. Administra-se a levotiroxina sintética, que é igualzinha à produzida pela tireoide. Este tratamento não é considerado dopping já que ele apenas substitui o que a glândula deixou de produzir. Aliás, o excesso de hormônio tireoidiano tem efeito deletério desempenho físico, pois diminui a força muscular”, completa.
O diagnóstico do hipotireoidismo é feito pela dosagem de TSH sérico, que se mostra elevado, enquanto o T4 livre confirma estar baixo. Os sintomas são inespecíficos. Num indivíduo jovem e um atleta, por exemplo, a diminuição de desempenho físico, lerdeza, menor capacidade de realizar esforços máximos, além dos clássicos prisão de ventre, diminuição de frequência cardíaca, lentidão de pensamentos e de reflexos podem ser considerados sinônimos.
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