Dia Internacional da Mulher

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Dia Internacional da Mulher

por site em 8 de março de 2019


Por Paula Camila Rodrigues

No dia 8 de março de 1857, houve uma grande greve de operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, nos Estados Unidos. As tecelãs ocuparam o local de trabalho e reivindicaram melhores condições de trabalho, como redução na carga diária de trabalho para 10 horas diárias (ao invés de 16 horas), igualdade de salários entre homens e mulheres, além de tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação trabalhista foi contida com violência: as operárias foram trancadas na fábrica e a construção foi incendiada. Com isso, 130 trabalhadoras morreram carbonizadas.

No ano de 1910, em uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 8 de março seria o "Dia Internacional da Mulher", como uma homenagem às tecelãs que morreram na greve. A data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1975, por um decreto.

Destaque na SBEM

Em comemoração ao dia, um destaque para a Dra. Elcy Falcão, da SBEM-PE, que foi uma das homenageadas do livro “Mulheres que mudaram a história de Pernambuco”, do jornalista Carlos Cavalcante. Ela e as demais mulheres homenageadas na obra receberam o Diploma Mérito de Mulheres que Mudaram a História de Pernambuco. Em nome dela, a SBEM parabeniza todas as mulheres que fazem a endocrinologia brasileira.

Dra. Elcy é coordenadora do Serviço de Endocrinologia Pediátrica do Hospital da Restauração (HR), em Recife, e fundadora e conselheira científica da Associação Pernambucana do Diabético Jovem. Seu interesse pelo diabetes tipo 1 começou ainda na Faculdade de Medicina, ao ver o sofrimento de crianças que atendia quando era plantonista residente.

Por causa disso, buscou aperfeiçoamento em um mestrado na Europa e ajudou a fundar a especialidade de Endocrinologia Pediátrica no Brasil. Além disso, também criou a Associação Pernambucana do Diabético Jovem (APDJ), em que se adotou o paradigma do “diabético-saudável”, que, segundo a médica, é a condição que cada paciente deveria buscar e é perfeitamente possível atingir. Assim, foi iniciado o Programa de Educação em Diabetes, com profissionais voluntários, familiares e pacientes.

Mais tarde, o Setor de Educação em Diabetes foi adotado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), e tornou-se referência estadual. Atualmente, funciona no Ambulatório do HR e presta atendimento a cerca de 600 jovens com diabetes por mês.

 “Afirmo que não tenho qualquer orgulho nisto, mas um sentimento que muito se tem para ser feito. Serei sempre uma serva para ajudar aqueles que estão ao meu alcance”, declara a médica.