Um simpósio no XV Congresso da ABESO reuniu três grandes especialistas na endocrinologia: Dra. Nina Musolino, presidente da SBEM Nacional; Dra. Leila Maria Araújo, membro do Departamento de Síndrome Metabólica da ABESO; e Dr. Mario Carra, presidente da ABESO. O debate sobre sobre a abordagem do paciente obeso.
Dra. Nina abriu o simpósio, coordenado pela Dra. Priscilla Rizental Coutinho, mencionando a importância da obesidade dentro da endocrinologia. Ela assinalou algumas avaliações endocrinológicas, ressaltando como e quando tratar.
Entre alguns pontos mencionados, a endocrinologia abordou a alternações hormonais das gônadas. Dentre as mulheres, estão: redução da fertilidade e anoluvação crônica (dependendo do IMC); distribuição de gordura visceral e hiperinsulinemia associados à hiperandrogenia e SOP; redução do sucesso da infertilidade assistida; fator de risco para gestação e para o feto.
Nos homens, as alterações incluem: infertilidade de acordo com o aumento do IMC; redução dos níveis circulantes de testosterona devido à aromatização aumentada dos androgênios em estrogênios no tecido adiposo.
Dra. Nina ainda abordou alterações com pacientes com síndrome de Cushing e problemas de tireoide. “Certas síndromes endócrinas podem resultar em obesidade e é importante lembrar delas na história e no exame físico”, disse a especialista.
Dra. Leila Araújo falou sobre o porquê da dificuldade dos obesos em perder peso. Em um panorama geral sobre o problema, mostrou alguns números da epidemia. Nos Estados Unidos, cerca de 30% da população é obesa e 34% tem sobrepeso. No Brasil, os números são diferentes, com 9% de obesos e 41% de sobrepeso. De 25 a 40% dos indivíduos estão tentando emagrecer.
Vários são os fatores associados à recuperação de peso. Ela listou: comer desenfreadamente; beliscar compulsivamente; passar períodos de fome excessiva; comer em resposta a emoções negativas e estresse; reações passivas a problemas; e assumir menos as responsabilidades da vida.
“A dificuldade de perda de peso do obeso é multifatorial, por isso é fundamental o acompanhamento multidisciplinar para evitar o reganho do peso. Não podemos deixar de mencionar a força de vontade do paciente e a mudança do estilo de vida a longo prazo”, concluiu a Dra. Leila.
E qual é a abordagem do paciente obeso gravemente enfermo? O tema foi apresentado, fechando o simpósio, pelo Dr. Mario Carra, presidente da ABESO. Ele iniciou mostrando a falta de aparelhagem do Corpo de Bombeiros para resgatar um paciente com 220 quilos. A demora foi fatal no caso do paciente mencionado.
O especialista mencionou que muitos pacientes trocam de médico quando observam que o atendimento foi sem o cuidado e equipamento necessários. "Notamos que cadeiras de rodas e macas precisam de modificações, que começam a ser feitas a partir de sugestão da ABESO, em alguns hospitais."
Foram mencionadas diversas dificuldades também no exame físico. “Material específico precisa fazer parte de qualquer atendimento”, disse Dr. Carra. Ele exemplificou o caso de aparelhos para medir a pressão. Segundo os dados, 75% dos obesos tem hipertensão arterial, comprovando a importância do acompanhamento.
Dr. Carra lembra que os obstáculos podem atrasar ou impossibilitar diagnósticos, aumentando a morbimortalidade das doenças associadas à obesidade.
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