Um dos temas que chamou a atenção dos congressistas no segundo dia de Congremem 2011 foi o apresentado pela Dra. Mônica Barros Costa: Adoçantes Artificiais – Mitos e Verdades. A especialista mostrou um panorama geral sobre a utilização de adoçantes artificiais pela população brasileira e mostrou dados relacionados ao consumo. “A indústria de produtos lights e diets teve um crescimento de 800%, o que mostra que as pessoas estão consumindo um grande número desses produtos, principalmente o refrigerante”, afirma.
Segundo Dra. Mônica, uma pesquisa feita com bebês mostrou que o ser humano nasce gostando do sabor doce. “O diabético gosta de doce e talvez por isso seja difícil o autocontrole da doença”, disse.
Em seu panorama geral, a especialista dividiu os adoçantes de acordo com sua descoberta, denominando-os 1ª e 2ª geração.
1ª Geração
Sacarina – Foi o 1º adoçante artificial a ser descoberto. Com sua utilização, começaram a aparecer estudos com o risco para câncer de bexiga. O consumo chegou a ser proibido em 1972, mas, em 1991, foi liberado quando os estudos foram derrubados. É um adoçante atraente, de baixo custo, de absorção lenta, porém com sabor amargo e metálico.
Ciclamato – É usado normalmente em associação com sacarina. É mais doce que a sacarose, porém com sabor também amargo. Acaba sendo usado em associação com a sacarina para tentar diminuir a sensação do amargo. Existem relatos em animais de que ele pode causar anomalia cromossômica e relatos em humanos de efeito laxativo.
Aspartame – Foi criado para ser tornar mais palatável. Existiram dúvidas sobre sua toxidade, pois seu consumo acaba liberando metanol para o organismo. Estudos mostraram, no entanto, que a quantidade de metanol liberada é menor do que a liberada num suco de fruta, por exemplo, e que para se tornar tóxico, uma pessoa teria que ingerir cerca de 2kg de aspartame por dia. Existe risco apenas em pessoas com fecilcetonúria.
2ª Geração
Acessulfame – K - É um adoçante de absorção rápida, sem metabolização, eliminado em 24h pela urina. Não existem estudos epidemiológicos sobre possíveis danos carcinogênicos. Tem alto poder adoçante, pequeno sabor residual desagradável, mas tem estabilidade térmica (pode ir ao fogo).
Sucralose – Altamente palatável, não é metabolizada pelo organismo, sem efeitos carcinogênicos. Por não interferir na absorção da glicose, é um adoçante interessante para ser usado por pacientes com diabetes. Não tem sabor residual e pode ir ao fogo. Entre os efeitos colaterais está a enxaqueca.
Neotame - É um tipo de adoçante mais novo, parcialmente absorvido no intestino delgado, rapidamente metabolizado, porém gerando pequena quantidade de metanol. É usado normalmente na associação com outros adoçantes e adoça até 8 mil vezes a mais que a sacarose.
Esteviosídeo ou Stevia – É natural, não é metabolizado, a quantidade ingerida é quase totalmente absorvida pelo TGI e eliminda inalterada pela urina. Estudos humanos mostraram melhora glicemia e perfil lipídico. Não é aprovado pelo FDA por falta de dados de segurança. No Brasil é liberado, porém normalmente é usado associado ao ciclamato. Tem sabor amargo.
Após a apresentação do panorama, Dra. Mônica enfatizou que não existe nenhum adoçante perfeito, que seja 100% seguro. A especialista desfez ainda alguns mitos sobre a utilização de adoçantes artificiais.
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