Cobrapem: O que Há de Novo no Transplantes de Células Tronco

Notícias

Cobrapem: O que Há de Novo no Transplantes de Células Tronco

por site em 2 de maio de 2013


O transplantes de células tronco para a tentativa de cura do diabetes tipo 1 é sempre pauta de reportagens e dúvidas. O site da SBEM recebe, regularmente, dezenas de e-mails de pais interessados em incluir filhos em alguma pesquisa. Dr. Raphael Del Roio Liberatore Júnior abordou o tema durante o Cobrapem em uma palestra falando sobre o que existe de novidade.

Antes de iniciar, ele fez questão de homenagear o médico que mudou toda a história do transplante de células tronco para tratamento do diabetes no mundo: Julio Voltarelli. O especialista brasileiro se dedicou aos estudos para encontrar a cura para o diabetes tipo 1. O palestrante mencionou que o trabalho do especialista é reconhecido mundialmente e em março foi o tema do editorial do Lancet, no mês que completou um ano da sua morte. Dr. Raphael disse que tentou encontrar outro obituário de algum médico brasileiro em revistas de primeira linha, mas não encontrou.

O texto do editorial define Dr. Voltarelli como um pioneiro, conduzido por uma bússola interna, dirigido por estranha intuição, firmado pelo intelecto e, fundamentada, pela sinceridade e honestidade com o objetivo de melhorar este mundo através restauração da vida através da extinção das doenças. Dr. Voltarelli foi o autor do primeiro trabalho no mundo a usar células tronco hematopoéticas para o tratamento do diabetes tipo 1.

Dr. Raphael explicou que as pesquisas desenvolvidas pelo Dr. Voltarelli tinham como objetivo dar um reset imunológico através dos transplantes. “Seria como desligar o computador humano e religar depois para avaliar se funcionaria bem novamente”.

O médico fez uma revisão do tema e falou sobre os próximos passos que estão sendo tomados por diversos centros de pesquisa. Ele relatou que de todos os pacientes que passaram pelo transplante, só um está sem insulina, seguindo uma dieta extremamente restrita e com atividade física muito intensa.

Ele questionou a plateia: será que esse resultado pode ser avaliado como não tendo obtido sucesso? Mas ele acredita que esse fato não pode ser considerado um insucesso. A partir dos resultados, está em fase de desenvolvimento um trabalho multicêntrico, envolvendo cinco centros de pesquisa, incluindo americanos, europeus e brasileiros. A meta é desenvolver um novo protocolo de pesquisa. Estão sendo recrutados novos pacientes para o estudo.