Auditório lotado, às 8h da manhã, para acompanhar a conferência do Dr. Jean-Pierre Bourguignom, Bélgica, sobre os desreguladores endócrinos e o crescimento das crianças.
O Dr. Jean-Pierre falou sobre as dificuldades de analisar os efeitos provocados nos seres humanos porque existem diferentes reações, dependendo do tipo e tempo de exposição. Ele afirmou que são necessárias mais pesquisas, mas acredita que existe uma ligação entre a exposiçao aos desregulados endócrinos com alterações na idade de desenvolvimento da puberdade.
Outro ponto importante mencionado pelo Dr. Jean-Pierre foi a exposição no período pré e neonatal aos Desregulados endócrinos que estaria associada com o desenvolvimento de obesidade na idade adulta. A coordenação da conferência foi feita pela Dra. Tânia Bachega e Dra. Marília Martins Guimarães.
A Dra. Tânia Bachega, uma das especialistas que vem trabalhando na campanha da SBEM sobre o uso dos desreguladores endócrinos, acredita que a comunidade científica vive um momento importante em relação a descobertas nessa área. A campanha “Diga não ao Bisfenol A, a Vida não tem Plano B” é um dos projetos que ganhou força. Ele começou com a Regional São Paulo e, em seguida, teve o apoio da Nacional para divulgação e ação no país.
SBEM Repórter: O auditório estava cheio na primeira aula da manhã. Isso demonstra um grande interesse sobre o tema, falta de conhecimento suficiente ou necessidade de atualização?
Dra. Tania Bachega: O que observo que existe um grande interesse no assunto tanto pela Endocrine Society quanto pela nossa comunidade científica. Entretanto, ele ainda é desconhecido de uma grande parte da comunidade médica e também pela população. Ver o auditório lotado é entender que a SBEM está conseguindo chamar a atenção para a importância do tema. Precisamos incorporar a questão para nossos consultórios e esclarecer aos pacientes.
SBEM Repórter: O Dr. Jean- Pierre mencionou a necessidade de mais pesquisas. Quais as principais dificuldades?
Dra. Tania Bachega: Existe um interesse sim em realizar pesquisas, mas a organização no Brasil está começando agora. O grande problema é dificuldade do desenvolvimento das pesquisas em humanos. Faltam realmente estudos com um grande número de pacientes, devido à necessidade de mais amostras. Em relação à influência dos desreguladores endócrinos no crescimento ainda faltam pesquisas mais específicas e com um número maior de pacientes.
SBEM Repórter: Quais os próximos passos a serem tomados?
Dra. Tânia Bachega: É fundamental incluir o assunto dentro das programações científicas nos congressos de endocrinologia e, dessa forma, manter os especialistas mais informados. A SBEM está trabalhando para estimular o aumento das pesquisas no Brasil e, de uma forma mais imediata, o próximo passo é que os plásticos no Brasil tivessem o selo indicando “livre de BPA”. Conseguimos a proibição nas mamadeiras. Agora é preciso informar à população sobre a existência ou não dos desreguladores nas embalagens plásticas.
A SBEM, através do seu Departamento de Adrenal e Hipertensão, vem se posicionar em relação à vacinação contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) em pacientes com insuficiência adrenal.
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