Cobrapem: Atenção à Massa Óssea

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Cobrapem: Atenção à Massa Óssea

por site em 3 de maio de 2013


O consumo de leite nas crianças e adolescentes é considerado ideal? Pelas pesquisas e dados parece que não. O assunto vem preocupando especialistas e foi tema de um dos cursos realizados durante o Cobrapem, em Brasília.

Dr. João Lindolfo Borges, presidente da ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo), fez observações importantes sobre o consumo de leite e refrigerante entre crianças e a relação com a massa óssea. O endocrinologista explica que a prevenção primária da osteoporose precisa ter atenção desde a infância e adolescência.

Estudos mostram que a evolução no consumo das duas bebidas vem se invertendo de forma significativa a medida que a criança vai crescendo. Nos dados apresentados, o leite é substituído pelos refrigerantes com a chegada da adolescência. Em torno dos 11 a 12 anos, a ingesta da bebida é maior e ao final da puberdade chega a ser três vezes maior do que a de leite.

Outros dados de pesquisa americana apresentadas pelo Dr. João Lindolfo a medida que as crianças deixam de ingerir leite, os pais acabam seguindo os mesmos hábitos dos filhos. Esse risco foi mencionado, segundo o endocrinologista, em editorial da Sociedade Americana de Pediatria.

A preocupação dos especialistas é com o futuro das crianças na idade adulta. As conclusões apresentadas pelo Dr. João Lindolfo durante a palestra foram:

  • O pico da massa óssea acontece mais cedo do que se imaginava, provavelmente logo após a puberdade;
  • O acúmulo de massa óssea ao longo da infância e adolescência é multi-fatorial;
  • A preocupação com a massa óssea pode fazer parte de uma rotina pediátrica;
  • Previne-se a Baixa Massa Óssea da Infância e Adolescência aprimorando-se os determinantes do pico de massa óssea;
  • Os distúrbios da puberdade podem alterar a aquisição de massa óssea.