A popularização indiscriminada da utilização da testosterona como terapia para diferentes casos, principalmente nos quais não há deficiência da substância no indivíduo, bem como a sua promoção na internet e deficiência de regulamentação, foram alguns dos problemas identificados pelo Dr. David J. Handelsman, durante o 31º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e metabologia.
De início, o especialista alertou para o fato de que “não é novidade, em toda história da humanidade, que as pessoas tentam reverter os efeitos da idade e do envelhecimento”, mas lembrou que todo tratamento com testosterona precisa de uma comprovação da eficácia, com base em situações anteriores similares, e da segurança do paciente. “Há um excesso de uso da testosterona em geral. Está claro que isso acontece pela falta de diretrizes restritivas em todo o mundo. O mercado da testosterona atualmente é de 2 milhões de dólares, com um aumento de 100 vezes nos últimos 30 anos”, alertou.
O Dr. David mostrou vários estudos onde o indivíduo não tinha deficiência de testosterona e os resultados mostraram que os riscos cardiovasculares, bem como riscos de tromboembolismo venoso, aumentam com a terapia indevida e reduzem após a interrupção do uso do androgênico.
Ele apresentou as formas de uso psicológico e farmacológico, que é quando o indivíduo apresenta real deficiência do androgênico ou é eugonadal; o uso indevido com indicações inválidas, que ocorre pela falta de informação ou pela popularização indiscriminada citada acima; e os abusos nos casos de não indicação do medicamento, que ocorrem quando a testosterona é utilizada indevidamente para aplicações cosméticas, de recreação e em academias.
Utilizando perguntas e respostas, o Dr. David afirmou que os níveis de testosterona não diminuem com a idade, em homens saudáveis, mas em indivíduos com algumas comorbidades pode ocorrer um declínio gradual e inconsistente. Ele afirmou, ainda, que a testosterona não reverte as características funcionais do envelhecimento e que não há segurança comprovada nas terapias, principalmente em relação a doenças cardiovasculares, e que o médico deve concentrar-se nas comorbidades não no envelhecimento dos pacientes.
Sobre a andrologia, diagnóstico da deficiência androgênica em homens mais velhos, o Dr. David afirmou que ela não se justifica. “É um diagnóstico de patologia base, confirmada por testes hormonais, podendo ser identificado como uma ficção em busca de uma definição para o hipogonadismo de início tardio. Há uma mercantilização da doença clássica. Inventa-se um diagnóstico para uma deficiência hormonal para justificar o tratamento sem evidência maior”, finalizou.
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