Aprovação dos Análogos de Insulina

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Aprovação dos Análogos de Insulina

por site em 8 de dezembro de 2016


A Endocrinologia e Metabologia e as Sociedades ligadas ao diabetes conquistaram uma importante vitória no tratamento de pacientes com diabetes tipo 1. Foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) no Sistema Único, através de consulta pública, a incorporação de solicitação das Insulinas Análogas de Ação Rápida no SUS. Esse é um assunto que vinha sendo bastante discutido por várias entidades, através de seus departamentos, boletins aos associados e redes sociais.

O informe sobre a recomendação da CONITEC liberação chegou pela Dra. Karla Melo, responsável da área da Sociedade Brasileira de Diabetes.A partir de agora, pacientes atendidos pelo SUS poderão utilizar deste tipo de insulina.

Segundo a Dra. Karla Melo, o “próximo passo será o acolhimento da recomendação pelo Secretário de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Este é o resultado da união de pessoas, sociedades médicas, associações e entidades representativas de pessoas com diabetes em torno de um objetivo comum: melhorar a insulinoterapia das pessoas com diabetes tipo 1 do Brasil”.

O presidente da Sociedade, Dr. Alexandre Hohl, comemorou a notícia.“Essa aprovação na CONITEC é um passo extremamente importante para viabilizar o acesso aos análogos de insulina pela rede pública para os pacientes com Diabetes Mellitus e que necessitam deste tipo específico de tratamento.”

Ainda segundo o presidente: “A SBEM, juntamente com a SBD e outras sociedades médicas e associações, trabalharam intensamente durante muitos anos para obter esse resultado tão expressivo”, concluiu.

Uma Longa Trajetória

A Dra. Karla, uma das responsáveis pela luta para a liberação, explica que, ao longo do tempo, importantes passos foram dados. “Historicamente tivemos conquistas importantes que merecem ser citadas como a incorporação das insulinas humanas, na época que eram disponibilizadas insulinas de origem animal, e a disponibilização de glicosímetros e fitas reagentes para a glicemia capilar. Nas últimas décadas houve uma evolução importante da insulinoterapia. Mas, estes avanços terapêuticos não são disponibilizados às pessoas com diabetes tipo 1 dependentes do SUS, tendo como consequência o controle glicêmico inadequado destes pacientes.

O debate foi intensificado após o CONITEC divulgar o Relatório de Recomendação com um primeiro parecer negativo para a inserção das insulinas análogas na lista de medicação do SUS. Várias instituições ligadas ao diabetes, assim como a sociedade, puderam responder à consulta pública do CONITEC enviando sugestões sobre medicamentos e Protocolos Clínicos de Diretrizes Terapêuticas.

Foram realizadas reuniões com a CONITEC, participações em congressos, audiências públicas e elaborado o dossiê para solicitação de incorporação das insulinas análogas rápidas de autoria da SBD e apoio total da SBEM, Sociedade Brasileira de Pediatria, ADJ Diabetes Brasil, Federação Nacional de Associação de Diabéticos e Associação Nacional de Assistência ao Diabetes.

A incorporação das insulinas análogas pelo SUS pode trazer uma redução nos custos destes medicamentos, de forma que os mesmos sejam disponibilizados para um maior número de pacientes atendidos pelo sistema público de saúde.

 

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