Osteoporose e Câncer de Tireoide: Destaques no XI COPEM

Notícias

Osteoporose e Câncer de Tireoide: Destaques no XI COPEM

por site em 15 de maio de 2015


Neste mês de maio está acontecendo, no Centro de Convenções Frei Caneca, a XI edição do COPEM – Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia – presidida pelo Dr. Evandro Portes. Dentre os temas abordados no evento, que teve início no dia 14 e terminará no dia 16, estão o avanço do tratamento da osteoporose e o crescimento do câncer de tireoide na região de São Paulo.

Osteoporose

A osteoporose é considerada um problema de saúde pública, provocando sequelas clínicas devastadores no indivíduo e elevando o risco de mortalidade. Ela afeta tanto homens quanto mulheres, prevalecendo entre o sexo feminino. Porém, o número de homens com fraturas também é significativo, cerca de 25%, de acordo com as estatísticas. “Uma característica importante relacionada à osteoporose no homem é que um maior número deles terá limitação permanente de marcha e comprometimento da autonomia, e maior mortalidade no primeiro ano pós-fratura. Esta maior morbimortalidade está relacionada, principalmente, ao fato de que as fraturas no homem ocorrem de cinco a dez anos mais tarde do que no sexo feminino”, explica a Dra. Cynthia M. Álvares Brandão, especialista e palestrante do XI COPEM.

No Brasil, além dos remédios, outras medidas são fundamentais para reduzir o risco de fraturas, como: aporte nutricional adequado de cálcio; dieta balanceada e sem excesso de sal; manutenção de níveis adequados de vitamina D, aliada à exposição solar; atividade física; cessar uso de tabaco e excesso de álcool; correção da acuidade visual; controle do uso de sedativos e outras drogas que podem elevar o risco de quedas; controle de fatores de risco para quedas, particularmente no ambiente doméstico.

De acordo com os especialistas, um novo agente terapêutico está surgindo como uma esperança. Trata-se do romosozumabe. Esse novo agente é um anticorpo antiesclerostina, que é uma proteína sintetizada por osteócitos, que possui uma potente ação inibidora sobre a formação óssea. O medicamento ainda está em fase de testes (em seu terceiro estágio) e, de acordo com os pesquisadores, está previsto para chegar ao mercado no período de dois ou três anos.

Câncer de Tireoide

Já a abordagem do crescimento do câncer de tireoide em São Paulo foi apresentada através de um estudo comparativo do especialista Dr. Adriano Namo Cury, que analisou os dados do Estado de São Paulo com os dos Estados Unidos. De acordo com o médico, o estado paulista teve um crescimento mais acelerado nos casos de câncer de tireoide se comparado ao país norte-americano, sendo 14 resultados positivos para um grupo de 100 mil mulheres.

Segundo informações, no Brasil, cerca de 50% das ultrassonografias e 16% das tomografias e ressonâncias apresentam nódulos, que – de acordo com os médicos – devem ser avaliados conformes suas características. A orientação dos especialistas é que o estudo com punção do nódulo (denominada PAAF) – que confirma se ele é benigno ou maligno – deve ser destinado aos pacientes de risco e com suspeita de câncer, já que a maioria dos nódulos permanece estável e apenas 5% deles apresentam malignidade.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da SBEM São Paulo