European Diabetes Leadership Forum

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European Diabetes Leadership Forum

por site em 27 de abril de 2012


A Organization of Economic Co-operation and Development (OECD), organização inter-governamental internacional que visa promover o bem estar econômico e social ao redor do mundo, junto com a Associação Dinamarquesa de Diabetes (DDA), promoveu o European Diabetes Leadership Forum, que aconteceu na cidade de Copenhagen, capital da Dinamarca, nos dias 25 e 26 de abril.

O encontro teve como objetivo reunir as principais autoridades em saúde dos países europeus para discutir as políticas de ação em prevenção e excelência em tratamento do diabetes, e contou com o apoios importantes, como o da Presidência do Conselho da União Europeia, do Ministério da Saúde da Dinamarca, do European Association for the Study of Diabetes (EASD) e do International Diabetes Federation (IDF).

O fórum reuniu nomes de peso, como o príncipe da Dinamarca e patrono da DDA, HRH Prince Joachim of Denmark, a primeira ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Shnidt, o ministro da Saúde do Reino Unido, Paul Burtow, o ex-secretário das Nações Unidas, Kofi Annan, a ministra da Saúde da Dinamarca, Astrid Krag, a diretora da WHO para a Europa, Zsuzsanna Jakab e mais 46 nomes de influencia na área da saúde de vários países.

Prevenção, detecção precoce e otimização do controle do diabetes foram os pontos mais tocados na reunião. Segundo a OECD, o mundo tem hoje 366 milhões de pacientes com diabetes, 83 milhões entre os membros da OECD e 60 milhões somente na Europa. Também segundo a sociedade, em 2011, foram gastos cerca de 90 milhões de euros com diabetes, e que o principal determinante do diabetes tipo 2 é o grande número de pessoas obesas, que além do diabetes, aumentam os números de casos de câncer, depressão e doenças cardiovasculares.

O assunto mais discutido no primeiro dia de evento foram as ações em políticas de prevenção do DM2, com destaque para a determinação do governo da Dinamarca de sobretaxar alimentos contendo gorduras saturadas e refrigerantes, do estimulo para profissionais de saúde seguirem guidelines validados e a desenvolver um programa de pay for performance, em que os médicos são remunerados por seu desempenho no sucesso do controle glicêmico. Desenvolvimento de estratégias de monitoração governamental através de aprimoramento da base de dados, para acompanhamento a nível nacional da qualidade do cuidado com o diabetes, também foi outro tema abordado.

Paul Burtow colocou que o aumento do diabetes também ocorre em parte pelo crescimento multiétnico, sendo que no Reino Unido há problemas especialmente com o alcoolismo. O ministro também destacou que 15% das internações hospitalares são devidas ao diabetes, e tem custo de 700 milhões de euros ao ano para o país, que vem desenvolvendo programas de prevenção de doenças crônicas.

Outro tema abordado foi a relação custo-efetividade dos programas de prevenção do diabetes. Segundo as autoridades, é preciso que esse tipo de ação custe menos do que 20 mil euros/QALY/ano. Programas com objetivos simples, como o de reduzir a HbA1c, manter a PA<140/90mmHg,  parar de fumar e controlar o colesterol são extremamente custo-efetivo, custando em torno de 8mil euros/QALY/ano e devem ser implementados. Diversas outros delegados relataram questões em prevenção, com destaque para Portugal, que lidera o ranking de prevalência de diabetes na Europa, com 12% de ocorrências.